É fato, você pode ainda nem saber o que é, mas essas três letras que andam juntas não vão mais sair de moda, vieram para ficar e mudar a gestão empresarial e os resultados do planeta.
Grande, média, pequena ou micro: nenhuma empresa vai passar ao largo.
Para as grandes empresas e para o mercado financeiro, ESG já começou.
Sumário
E o que significa ESG?
Primeiro, essa é uma sigla em inglês. O “E” é de “Environment”, que significa ambiente. O “S” é de Social e o “G” é de “Governance”, que significa governança.
Mas na prática o que isto tudo junto significa?
Significa que a gestão empresarial a partir de agora deve se preocupar e atuar com responsabilidade sobre os impactos que as atividades da empresa têm:
- No meio ambiente e
- Nos funcionários e suas famílias, comunidades, clientes, parceiros e fornecedores
E para isso será necessário se ter uma boa governança, a fim de garantir que estes impactos sejam sempre positivos.
Qual a origem deste movimento mundial?
Cientistas do mundo inteiro reunidos pela ONU fizeram um estudo e verificaram que se a temperatura da terra subir 1.5C, os efeitos serão desastrosos em vários aspectos. O nível dos oceanos irá subir e invadir as cidades costeiras, de forma permanente, obrigando os seus moradores a se mudarem. O regime de chuvas se altera, diminuindo as áreas agrícolas produtivas e, portanto, a produção de alimentos causando enchentes e desmoronamentos. Este aumento de temperatura impactará na qualidade do ar, que é agravado pela emissão de gases de efeito estufa. Como se não bastasse, causará um desequilíbrio na fauna que poderá provocar o surgimento de novas doenças. E finalmente todos esses impactos afetam a saúde das pessoas.
Esse estudo mostrou ainda que a continuar as tendências atuais este aumento de temperatura será alcançado até 2030. Ou seja, temos pouco tempo para agir. Imagina mover um planeta inteiro em direção à uma causa única em sete anos!
No início (1992 no Rio), a ONU procurou os governos para liderarem o processo de mudança que pudesse evitar este aumento. Depois de um tempo verificou-se que sem a participação das empresas seria impossível alcançar o objetivo de não permitir o aumento da temperatura no planeta.
A partir das empresas de grande porte e do mercado financeiro foi criado um “efeito cascata”, para que toda a cadeia fosse envolvida.
O aspecto ambiental no ESG
A questão ambiental envolve basicamente dois aspectos, promover um uso responsável dos recursos naturais e ao mesmo tempo ter muita atenção com o descarte de resíduos, esgoto e emissão de gases de efeito estufa gerados pelas empresas.
O uso responsável dos recursos naturais estimula a inovação para produzir utilizando o mínimo possível desses recursos.
A atenção com descarte estimula a inovação nos processos para reutilizar e reciclar materiais, além de tratar com responsabilidade o que será descartado.
O aspecto social no ESG
A perspectiva social olha para o conjunto de pessoas que são impactadas pelas atividades. Começa com os funcionários e suas famílias. As condições de trabalho precisam ser dignas, deve haver investimento na constante qualificação das pessoas, com oportunidades iguais, sem discriminação alguma. A remuneração deve ser compatível com a função e os padrões mínimos de qualidade de vida.
Além disso, olhar para os clientes, fornecedores, parceiros e para as comunidades onde a empresa realiza as suas atividades. Como mínimo, uma empresa não pode crescer impactando negativamente esses grupos de qualquer forma que seja.
A governança no ESG
Governança diz respeito aos processos de tomada de decisões de uma empresa. O importante é a qualidade dessas decisões. São vários os requisitos para uma boa tomada de decisão.
O processo de tomada de decisão deve ser explícito e formalizado. Todos devem conhecer como as decisões são tomadas, quem participa e quais os prazos para cada decisão acontecer. Esses processos devem ser conhecidos pelas pessoas das empresas e pelas demais pessoas que interagem com a empresa como clientes, fornecedores, investidores etc.
O processo deve passar por instâncias de aprovação para que as decisões possam ser revisadas e criticadas por pessoas diferentes. Essas instâncias podem trazer novas informações que irão aprimorar a decisão.
Garantir que o estatuto da empresa, o seu código de ética, que a legislação dos locais onde a empresa atua, sejam respeitados e sirvam de orientadores em todas as decisões.
E com a chegada do ESG, se espera que as preocupações ambientais e sociais sejam consideradas em toda decisão, e estejam alinhadas com os objetivos estratégicos da empresa.
Quando eu devo começar a dar atenção ao engajamento ESG?
Já, imediatamente!
A partir das iniciativas da ONU, os governos já estão incorporando essas exigências nos seus processos de compras.
O mercado financeiro já está examinando o grau de engajamento ESG nas análises de concessão de crédito. Fundos de investimento já foram criados, em valor total de ativos, superior a 30 trilhões de dólares, com carteiras compostas por ações, debêntures, etc., apenas de empresas altamente comprometidas com a agenda ESG. A bolsa de valores brasileira, a BMF, criou uma plataforma, chamada B3, onde são aceitas apenas ações de empresas altamente comprometidas com a agenda ESG.
As grandes empresas já estão acompanhando de perto a evolução desta agenda na sua cadeia de fornecedores. Muito em breve, os fornecedores que não comprovarem que aumentaram o seu engajamento ESG serão retirados da lista de fornecedores destas empresas.
Por onde começar o meu engajamento ESG?
Comece se familiarizando com o assunto, a terminologia e as principais fontes de informação. Veja a seguir uma lista de sites que serão um ótimo ponto de partida para qualquer empresa.
https://www.pactoglobal.org.br/pg/esg
Seja qual for o tamanho da sua empresa, comece já. Conheça os motivos, as causas e os processos. Você sempre poderá se engajar, afinal qual o legado que pretendemos deixar para as próximas gerações?
Visite o site www.2corp.co e veja como a 2Corp gestão empresarial pode contribuir para que a sua empresa implemente uma jornada ESG de sucesso.