Fazendo um turnaround.
Essa prática, quando aplicada numa empresa, equivale a uma virada de jogo.
Pode valer para uma virada de jogo de uma determinada área da empresa ou da empresa inteira.
Resumindo, turnaround pode se referir a um reposicionamento, à uma mudança de estratégia ou como é aplicado na maioria dos casos, à recuperação de lucratividade e da competitividade.
Um turnaround implica na mudança na forma que as coisas são feitas, nos processos, de que forma a empresa é gerida e até nos objetivos de longo prazo e modelo de negócio, para assim permitir a melhoria das suas receitas e margens.
A tradução para o português de “turnaround” seria reviravolta, dar a volta, em gestão empresarial séria recuperação. Não muito atraente, não é? Por isso adotamos o termo em inglês, mais leve…
No entanto, em alguns casos a recuperação extrajudicial ou mesmo judicial está posta e se torna pública. É aí que o turnaround se torna não só importante, mas obrigatório.
Sumário
O que é a gestão de turnaround (turnaround management)?
O processo de turnaround de uma empresa é uma operação temporária, é como uma intervenção. Dura entre 3 a 24 meses na grande maioria dos casos, e exige uma equipe de fora da empresa que possa trazer uma perspectiva nova e um olhar isento.
Quais as principais etapas da gestão do turnaround?
Cada situação exige estratégias e ferramentas diferentes, mas em geral o turnaround inclui as seguintes atividades:
- Levantamento da situação da empresa em termos financeiro, comercial e operacional. Um verdadeiro check up empresarial.
- Identificação das causas raízes para as dificuldades enfrentadas em cada uma das áreas acima
- Análise SWOT da empresa. Lembrando aqui o significado de SWOT: Forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
- Levantamento de estratégias alternativas para a “virada de jogo”.
- Definição da estratégia a ser seguida
- Desdobramento em planos de ação
- Implementação, acompanhamento e revisão periódica dos Planos de Ação
- Plano da transição para a saída do time do turnaround
O que acontece na prática na implementação da gestão do turnaround?
O time do turnaround – que pode ser de uma ou de mais pessoas – toma pé e controle imediato da gestão da empresa, com o intuito de interromper o mais rápido possível as práticas que levaram a empresa à situação que exigiu essa intervenção.
Este time é quem vai implementar as etapas descritas acima e vai cuidar também da comunicação interna e externa do plano de turnaround para engajar todos os stakeholders no processo.
Para estancar as práticas existentes e seus impactos negativos na empresa, no menor tempo possível, medidas – geralmente vistas como radicais e duras, são tomadas nos primeiros momentos. São comuns medidas para redução de despesas, para reequilibrar a empresa rapidamente, reestruturação de operações, revisão das margens, mudanças no quadro de funcionários, renegociação de dívidas com todos os credores e até venda de ativos.
Qual a diferença entre turnaround e recuperação judicial?
A recuperação judicial é uma medida legal. E como tal obedece a lei que rege as recuperações e falências no Brasil – Lei 11101/05, alterada pela Lei 14112/20.
Contudo toda recuperação judicial pressupõe a existência de um Plano de Turnaround para que a empresa possa passar a operar em condições saudáveis e prósperas, sem a qual os credores não concordaram com o Plano de Recuperação Judicial e irão requerer a falência da empresa.
No âmbito da Lei de Recuperação Judicial, os credores são obrigados a suspender a cobrança dos créditos devidos pela empresa até a aprovação do Plano de Recuperação. Mas, ao mesmo tempo, o crédito para a empresa em recuperação judicial fica muito dificultado.
O turnaround é uma medida decidida pela liderança da empresa e é regida pelos objetivos, práticas e valores dos sócios das empresas, obedecendo, é claro, a legislação em vigor sobre a gestão empresarial. Pode-se afirmar que um turnaround em muitas situações é um caminho para se evitar chegar na necessidade de uma recuperação judicial.
Premissas para um turnaround?
- Os sócios precisam estar convencidos de que a empresa está enfrentando problemas que exigem uma mudança no rumo e na condução do negócio.
- Os sócios compreendem que não têm internamente as competências necessárias para conduzir o processo de mudança e que, portanto, precisam do suporte de um time externo.
- Os sócios precisam compreender que é necessário que a mudança seja implementada de forma rápida.
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